A sessão dedica-se a caracterizar a estrutura económica portuguesa na segunda metade de Oitocentos, no que toca ao desenvolvimento da agricultura, culturas de maior crescimento no mercado interno e no espaço externo, a intervenção do Estado no sector agrícola, a revisão alfandegária de 1892 e o respectivo impacto. Explicita-se o crescimento da indústria em Portugal na segunda metade do séc. XIX segundo condicionantes ao desenvolvimento industrial português, os domínios de expansão e os mercados preferenciais da indústria nacional.
Enquadra-se o comércio externo português na segunda metade do séc. XIX, caracterizando a balança comercial do país entre 1851 e 1890 e as tendências predominantes.
Caracteriza-se também a evolução das finanças públicas portuguesas na segunda metade do séc. XIX: o modelo fontista e as fontes de financiamento do Estado Português. A Crise de 1876, as suas causas e consequências.
Define-se ainda a Crise Económica de 1891-1893, procurando compreender o que distingue a crise económica da crise financeira. Caracterizam-se as dificuldades financeiras do Estado Português no início da década de 90 do séc. XIX: as causas próximas da Crise, a crise portuguesa e a crise das economias europeias em finais do séc. XIX
Enquadra-se o regresso ao proteccionismo nas dinâmicas entres os Estados Europeus e os países do Novo Mundo, as políticas de recuperação financeira do Estado Português: da bancarrota parcial do estado, em 1892, ao Convénio com os credores estrangeiros, em 1902 e o impacto da Crise na economia portuguesa nos primórdios do séc. XX.
Portugal na Europa e Portugal em África: as consequências da crise na projecção geopolítica portuguesa no contexto europeu e no espaço africano
Teresa Nunes
Professora auxiliar na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, directora da licenciatura em Estudos Europeus, investigadora do Instituto de História Contemporânea da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, investigadora do Centro de História da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e membro do Colégio Food, Farming and Forestry da Universidade de Lisboa (Conselho Coordenador e Linha 3 formação avançada). Doutorou-se em História Contemporânea pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa com uma dissertação O Ideário Republicano de Ezequiel de Campos (1900-1919).
Publicou os livros: Fontes Pereira de Melo, Lisboa, Planeta DeAgostini, 2005, Maria da Fonte e Patuleia (1846-1847), Batalhas da História de Portugal, vol 16, Porto, Academia Portuguesa de História/QuidNovi, 2006 (2ª edição em 2007), Carlos Malheiro Dias. Um Monárquico entre dois regimes, Lisboa, Centro de História/Caleidoscópio, 2009, D. Carlos, Reis de Portugal, vol. 33, Porto, Academia Portuguesa de História/Quid Novi, 2010, D. Amélia de Orleães, Rainhas e Princesas de Portugal, nº 12, Porto, Academia Portuguesa de História/Quid Novi, 2011 e, em co-autoria, António Granjo. República e Liberdade, Colecção Parlamento, Lisboa, Assembleia da República, 2012. Com colaboração em obras colectivas: Os Anos de Salazar (2008), Dicionário dos Historiadores Portugueses, dir. por Sérgio Campos Matos, Dicionário de História da I República e do Republicanismo, dir. por Maria Fernanda Rollo.